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O índice de proporção de bordas com interface natural foi gerado para uma subamostra de 18 Unidades Amostrais de Paisagem (UAPs) do Inventário Florestal Nacional do Brasil (IFN-BR). As UAPs são unidades de área de 10 x 10 km, distribuídas em um grid nacional a cada 40 km. A classe "bordas" é uma das sete classes resultantes da Análise Morfológica de Padrões Espaciais (MSPA), disponível no software GuidosToolBox, e consiste na porção da cobertura arbórea/arbustiva que se localiza a 30 metros da borda de outras áreas não-naturais. Já a classe "vizinhança natural" é o resultado do agrupamento de cinco classes - entre as 19 geradas pelo mosaico da paisagem (LM) - que apresentam cobertura florestal natural/seminatural. O índice é a proporção da área ocupada pelas bordas de cobertura arbórea/arbustiva ao longo de áreas naturais ou semi-naturais em relação à área total de bordas do habitat, sendo apresentado em cinco classes de igual amplitude, variando de 0 a 1. Áreas com valores de interface natural mais altos representam situações mais favoráveis à conservação de habitats e podem ser selecionadas para ações específicas em programas de gestão do território. A equipe do Laboratório de Monitoramento Ambiental da Embrapa Florestas foi responsável pela elaboração do arquivo vetorial que representa os índices de habitat interior, no ano de 2018.

Conjunto de dados geográficos associado aos resultados do Projeto convertido "Métodos para análise, classificação e monitoramento das Paisagens Rurais Brasileiras no âmbito do Inventário Florestal Nacional do Brasil (IFN-BR)" - Código SEG 13.14.05.001.00.00

Os inputs para a geração da camada de interface de bordas são o modelo morfológico (MSPA) e o de mosaico da paisagem (LM). Enquanto o MSPA segmenta a classe de cobertura arbórea/ arbustiva em sete classes de acordo com a distribuição de seus componentes, tais como bordas, habitat interior e ramificações, o LM usa uma classificação tripolar em que os percentuais ocupados pelas classes de uso e cobertura da terra em uma determinada vizinhança são usados para gerar 19 classes possíveis, que podem ser agrupadas em naturais, agrícolas e urbanizadas. Efetuando-se o cruzamento das duas camadas, obtem-se seis classes possíveis, combinando as três categorias do MSPA ( bordas, conectores e ilhas de vegetação arbórea) com as duas classes de vizinhança ( naturais e artificiais) do LM. O índice consiste na proporção ocupada pela classe "bordas com interface natural" em relação às área total de bordas existentes nos fragmentos florestais de cada Unidade Amostral de Paisagem. Os mapas originais de uso e cobertura da terra foram produzidos por classificação pixel a pixel seguida de classificação orientada a objetos de imagens RapidEye, com resolução espacial de 5 metros, obtidas em 2014. LUZ, N. B. da; MARAN, J. C.; GARRASTAZU, M. C.; ROSOT, M. A. D.; OLIVEIRA, Y. M. M. de; FRANCISCON, L.; FREITAS, J. V. de. Manual de análise de paisagem: volume 3: procedimentos para a geração de índices espaciais das unidades amostrais de paisagem. Colombo: Embrapa Florestas, 2018. (Embrapa Florestas. Documentos, 321). Disponível em: <http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/184330/1/Livro-Doc-321-1542-corrigido-9out18.pdf>.

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