You are using an outdated browser that is not supported by GeoNode.

A cartografia da área utilizou planialtimetria com curvas de nível distanciadas verticalmente de 5 em 5 m, gerando a partir dessa planialtimetria o modelo digital do terreno (MDT). Foi utilizado o datum SAD-69 (South American Datum-1969) na Projeção Cartográfica Universal Transversa de Mercator (UTM), fuso 21, para as analises para não comprometer a base de dados original e posteiormente os resultados foram convertidos para SIRGAS 2000 e projeção de Albers. A base de dados construída apresenta fidedignidade condizente com a escala de trabalho (1:10.000) e possui informações de rios, áreas construídas, estradas e perímetro da área de estudo. Como apoio a delimitação dos polígonos de solos, além do MDT ainda foram gerados outras camadas de atributos da paisagem, como classes de declividade, faces (norte e sul), rugosidade e curvaturas.
O mapeamento de campo seguiu as normas para Levantamento Pedológico Detalhado, na escala 1:10.000, conforme constante em Embrapa (1995). O mapeamento de campo e o reconhecimento do padrão de repetibilidade das feições de paisagens e dos solos permitiram a construção da legenda e, por conseguinte, do mapa pedológico.O mapeamento de campo foi realizado através de prospecção intensiva das diferentes unidades fisiográficas delimitadas pela interpretação do material básico, procurando-se prospectar os solos do vale ao topo das elevações. Nessas prospecções, os solos locais foram examinados através de barrancos, trincheiras (pequenas e grandes) e tradagens, sendo descritos conforme Santos et al. (2013). Em todos os pontos de observações, georreferenciados através de GPS de navegação, os solos foram classificados conforme Embrapa (2018). Para parte desses pontos, amostras de solos foram coletadas, sempre que possível nos horizontes superficial e subsuperficial, normalmente entre 0 – 20 cm e 60 - 100 cm de profundidade, respectivamente.
Ao longo do mapeamento de campo, foram sendo preliminarmente delineados os polígonos das unidades de mapeamento de solos, pelos modelados do terreno a partir das curvas de nível de 5 em 5 m. Os ajustes finais dos polígonos se deram pelas correlações e modelos criados a partir do conhecimento global da área de estudo, principalmente pelo conjunto dos pontos de prospecção e resultados de análises de solos. Decidiu-se pela separação de uma faixa de 15 m de largura a partir da rede de drenagem existente no mapa base, a qual será referida como área do entorno de drenagens, as quais são áreas de preservação permanente. É importante entender que o uso agrícola muito intensivo da região assoreou parte dessas drenagens, seja de forma intencional, pelo uso de máquinas, ou pela chegada de sedimentos das partes mais altas da paisagem. Algumas vezes os produtores rurais tiveram que dar um passo atrás, abrindo drenos com máquinas no meio da área de plantio, para evitar que chuvas intensivas solapassem áreas cultivadas ou para retrair eventos de excesso de água sazonal dentro dessas áreas cultivadas.
Foram prospecatados 56 pontos de observações, incluindo quatro perfis de solos, espalhados por 871,52 ha do perímetro de estudo, o qual corresponde à parte da microbacia do Arroio Fundo. Essas quantidades de prospecções se traduz em, aproximadamente, uma densidade de uma observação a cada 15,5 ha, condizente com a escala do trabalho. Foram analisadas 74 amostras de solos.
As amostras de solos coletadas foram analisadas nos laboratórios da Embrapa Florestas, da UFPR e da UFLA. As amostras foram secas ao ar, destorroadas e passadas em peneiras de malha 2 mm para confecção da terra fina seca ao ar (TFSA). Para a maioria das amostras, na TFSA, foram feitas as determinações granulométricas e químicas [pH (CaCl2, ou em água, ou KCl); cátions do complexo sortivo – Ca, Mg, K, Al e H; C orgânico e P assimilável], conforme Embrapa (2011). Por cálculo foram determinados classe de textura, relação silte/argila, soma de bases, capacidade de troca catiônica (CTC), saturação por bases, saturação por Al e atividade da argila. Para alguns pontos selecionados, a TFSA de amostras subsuperficiais foram tratadas com H2SO4 1:1 (volume), com o objetivo de se avaliar os teores de Fe2O3, Al2O3, TiO2, P2O5 e SiO2 dos minerais de argila (Embrapa, 2011). As relações moleculares SiO2/Al2O3 (índice Ki), SiO2/(Al2O3+Fe2O3) (índice Kr) e Al2O3/Fe2O3 foram calculadas.
Para as amostras dos horizontes genéticos dos perfis de solos, repetiu-se as mesmas análises dos pontos. Além disso, foram coletadas amostras indeformadas para cálculos de atributos de retenção de água, densidade e porosidade do solo (Embrapa, 2011).
Horizontes, atributos diagnósticos e descrições morfológicas que não estiverem aqui definidas devem ser consultadas em Santos et al. (2013) e Embrapa (2018).

No information provided